Fortaleza na rota dos cabos submarinos

Fortaleza na rota dos cabos submarinos

Fortaleza mira a rota da Tecnologia da Informação. A Capital ganhou dois novos projetos de cabos submarinos, equipamentos que têm como função o tráfego de dados via fibra óptica, da empresa Angola Cables. O primeiro deles, o Monet, interligará as Américas do Sul e do Norte com a África, além do Sacs, que faz conexão entre o Brasil e a África. De fato, o que representa a chegada dos equipamentos para a Capital?

Significa uma vantagem competitiva na atração de empresas de Tecnologia da Informação. Assim explica Edson Almeida, diretor do curso de Engenharia de Telecomunicações do Instituto Federal do Ceará (IFCE). A posição geográfica contribui para a vinda das estruturas de comunicação, especialmente do eixo Estados Unidos-Europa. “Com o polo de backbones, empresas de tecnologia, telecomunicações e monitoramento de sistemas podem se sentir atraídas para instalar unidades no Estado”, destaca. 
Empresas que necessitam de vias de alto tráfego para as informações seriam as maiores beneficiadas. A quantidade maior de cabos implicaria aumento da transmissão das informações e redução do custo para esse cliente — não há menção de quanto seria. 


Outro ponto com os cabos é o aumento da concorrência, o que pode resultar em barateamento das conexões para pessoa jurídica. “No passado, você tinha apenas a Embratel que fazia a comunicação do Brasil com a rede mundial. Chegava-se a cobrar até cinco vezes mais por uma conexão de dois megabytes (MB)”, lembra. Os preços variavam, de acordo com a velocidade, entre R$ 1 mil e R$ 5 mil. 

Para Eduardo Freitas, Diretor de Conectividade IP e Mídia da empresa Level 3, a disputa entre detentoras de cabo é salutar para o desenvolvimento do setor de tecnologia de Fortaleza. A companhia é uma das pioneiras na instalação de cabos submarinos na Capital, tendo implantado o primeiro equipamento em 2000. Ele explica que, na batalha de espaço entre companhias, não é viável duplicar um trecho, o que implica custos adicionais e sem o retorno desejado. Em vez disso, muitas investem em aperfeiçoamento das tecnologias. “Um investimento assim não é saudável. Ampliamos a capacidade de transmissão de um cabo”, ressalta. Cada cabo tem 12 fibras (vias de transmissão de dados de alta velocidade). Mas o número pode variar de acordo com o fabricante. No caso do projeto Monet, a Angola Cables tem dois pares de fibra de 24 terabytes (TB) por segundo. O Google tem dois pares de 24 tera. A Algar Telecom tem um par de 12 tera; e a espanhola Antel possui um par (12 tera).

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